SÃO
PAULO - À zero hora deste domingo, começa o horário de verão nas
Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Tocantins. Como ocorre todo
ano, há aqueles que não gostam da ideia de perder uma hora de sono.
A boa notícia,porém, é que os transtornos podem ser atenuados com
pequenas mudanças na alimentação e no horário de ir dormir.
De
acordo com Luciano Capelli, fisiologista do Centro de Medicina da
Atividade Física da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o
corpo leva de uma a duas semanas para se adaptar à nova rotina.
"Algumas pessoas sofrem mais, outras menos. O ideal é tentar
condicionar o corpo a dormir um pouco mais cedo", explica
Capelli.
Uma
outra dica do médico que pode ajudar na adaptação do organismo ao
novo horário é evitar o consumo de alimentos e bebidas que
contenham substâncias estimulantes, como café, chás com cafeína
(como o preto) e chocolate, entre outros.
"À
noite, para ajudar a dormir, a pessoa pode tomar um copo de leite
quente, que tem tripotano, um aminoácido que ajuda a relaxar a
musculatura, ou chás sem cafeína (como camomila e erva cidreira)",
diz Capelli.
Nova
rotina. O horário de verão altera o dia a dia de muitas pessoas. O
professor de Educação Física Rodrigo Lobo, de 29 anos,
proprietário da Lobo Assessoria Esportiva, que atua no ABC paulista,
diz que há uma redução no número de alunos nos treinos de corrida
e ciclismo. "Não sei precisar quantas pessoas faltam, mas nos
primeiros dias há uma queda."
O
advogado Sidnei Farina, aluno de Lobo, é um desses atletas que têm
dificuldade de se adaptar. "Nunca gostei de acordar cedo. Você
fica mais sonolento, menos disposto. Nessa fase de adaptação do
corpo, tenho dificuldade para levantar", diz Farina.
O
engenheiro Matheus Hidalgo, por sua vez, prefere aproveitar a hora
extra de claridade para se exercitar em espaços abertos. "Como
o sol se põe mais tarde, isso me permite correr na rua mais tarde."
Ajuste.
Outra pessoa que tem a rotina afetada, ao menos por um dia, pelo
horário de verão é o relojoeiro Augusto Fiorelli, de 52 anos. Ele
é responsável pela manutenção dos 12 relógios públicos de São
Paulo, como os das Faculdades de Direito e Medicina da Universidade
de São Paulo, da Estação da Luz e da Praça da Sé. No domingo,
dia da mudança, ele terá de adiantar os ponteiros das horas.
"É
um processo mecânico. Lá em cima, não demora tanto, cerca de 10 a
15 minutos. O que leva tempo é para subir as escadas", diz
Fiorelli.
Os
trabalhadores noturnos também terão a rotina alterada, pelo menos
por um dia, na virada do horário de verão. O pub O'Malley's, por
exemplo, fechará, como em todos os sábados, às 5 horas, o que
garantirá uma hora a menos de trabalho aos funcionários. Outros
bares vão prolongar o expediente, como o Prainha, na região da
Avenida Paulista, que fechará entre 2h e 2h30 em vez de 1h30.
Créditos: http://www.estadao.com.br/
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